Dança trazida ao Brasil pelos portugueses e encontrável nas tradições de quase
todos os povos do mundo. Apresentando inúmeras variantes com traços locais, consta em geral de dança executada por grupos
de rapazes e moças em número de quatro ou seus múltiplos em torno de um mastro, onde são afixadas fitas coloridas que, durante
a coreografia, são trançadas e destrançadas. No Brasil teve grande popularidade durante as festas de Reis, do Divino, do Natal,
do Ano-bom. Hoje, embora mais rara, ainda é encontrada em vários pontos do país, recebendo nomes diversos: trancelim (Crato
CE) e dança-do-trancelim (região do Cariri, no Ceará), dança-das-fitas (São Paulo), dança-da-trança, dança-do-mastro ou trança-fita
(Minas Gerais), vilão (Pernambuco e zona rural de Varginha MG). Segundo Luís da Câmara Cascudo, é também conhecido como trançado,
engenho ou moinho. Em Santa Catarina é sempre precedida pela jardineira; no Rio Grande do Su1 é dançada juntamente com a jardineira
e o boizinho. No Rio Grande do Norte aparece no final do bumba-meu-boi, com o nome de engenho-de-fitas. Na Amazônia é parte
da dança-do-tipiti.
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